Turismo
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Os turistas esperantófonos viajam muito e barato, e trazem as boas recordações que nenhuma agência pode prometer…
Efeito do seu número reduzido ou real prenúncio de um Mundo de concórdia unido por uma segunda língua neutral e comum? Ninguém sabe, mas a verdade é que os esperantistas mantêm entre si fortes laços de empatia, que, ainda que pouco evidente nas acesas discussões sobre estratégia ou terminologia, faz de uma volta ao mundo um passeio e de todo o planeta uma aldeia.
É neste fenómeno que se baseia o turismo em esperanto, naquele raciocínio tipo
Ora esta pessoa é esperantista como eu, daí que vou esperá-la ao aeroporto e levá-la àquela pensão que eu sei que é mais barata e melhor, ou mesmo hospedá-la no sofá da sala e vou mostrar-lhe os sítios mais interessantes da minha região, evitando os lugares “batidos” e cheios de turistas.
O mais famoso anuário turístico em esperanto, o Pasporta Servo, editado pela Mundial de Jovens Esperantistas, apresenta várias centenas de endereços, em dezenas de países, de pessoas que aceitam, sob condições diversas, hospedar gratuitamente outros esperantistas. Não é raro encontrar experimentados globetrotters esperantófonos que, ao fim de seis ou sete milhares de quilómetros, nunca precisaram de se instalar num hotel!
Este efeito, aliado à sua natural curiosidade e espírito de descoberta, faz do turismo uma área muito explorada pelos esperantistas, que tem justificado uma relativamente abundante e variada edição de prospectos turísticos em esperanto — nos quais Portugal pontua com um folheto sobre o Algarve e duas brochuras sobre Sintra.