Política em esperanto
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Do lobbying neutral…
Apesar de toda a pragmática dos esperantistas actuais, apesar de tudo quanto já foi feito a partir de condições iniciais tão improváveis, apesar dos bons resultados obtidos investido na divulgação junto do “público em geral” — apesar de tudo isso, a sensibilização de entidades governamentais na mira de apoios e reconhecimento para o esperanto nunca deixou de ser um importantíssimo campo de acção.
Exemplos deste esforço abundam: Duas resoluções favoráveis da UNESCO (datando de 1954 e 1992) e o consequente estabelecimento de relações consultivas entre esta instituição e a Associação Universal de Esperanto evidenciam‑se entre inúmeras declarações e resoluções menores em vários países. Em Portugal, entregou‑se na Assembleia da República em 1993 uma petição com 2500 assinaturas pedindo a introdução do esperanto no ensino secundário como disciplina opcional, a exemplo do que já foi conseguido noutros países.
Sugestões conducentes à “oficialização” do esperanto a médio ou longo prazo tem como “alvo” principal a União Europeia, existindo mesmo um grupo sempre crescente de eurodeputados favoravelmente sensibilizados neste sentido (18% do hemiciclo em Março de 1996).
É pelo êxito e seriedade destas campanhas e também pela salvaguarda da tolerância — um valor muito caro aos esperantistas — que as associações de esperanto mantêm geralmente uma severa neutralidade nas suas actividades e posições.
…às militâncias globais.
O que têm as associações de esperanto em neutralidade e apartidarismo, tem geralmente cada esperantista individual em convicções e ideias próprias. É mais um campo em que a variedade domina, embora limitada pela evidência de que um adepto do esperanto será certamente alguém que de alguma forma valoriza a igualdade e a tolerância… Não faltam assim grupos organizados de esperantistas que, das mais diversas formas, ligam os adeptos esperantófonos desta ou daquela tendência ideológica.